quarta-feira, 13 de julho de 2016

OFICINAS DE ROBÓTICA E LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA




OFICINAS DE ROBÓTICA E LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA

Estela Maris Sander[1]


Nas oficinas de Robótica Educacional, Escola de Tempo Integral, tem acontecido aulas com planejamentos pedagógicos realizados em parceria com a coordenação pedagógica, a professora do Laboratório de Informática Educativa e o professor regente de Robótica, considerando a necessidade de realizar aulas criativas, na perspectiva sociointeracionista, tendo como base atividades de leitura, pesquisa, raciocínio lógico, programação, construção prática de protótipos e uso de outros aplicativos buscando estabelecer relações acerca dos conhecimentos sobre tecnologia. Os objetivos destas aulas caracterizadas pela docência compartilhada são: apresentar, através dos recursos disponíveis no LIE, situações motivacionais para o estudo de Robótica, estimular a pesquisa, seleção de imagens e vídeos com informações sobre o assunto, favorecendo o acesso às informações conceituais com o uso das tecnologias de maneira a permitir aos educandos a construção do conceito de robótica e as contribuições desta tecnologia para as diversas áreas de atuação humana: medicina, engenharias, comunicação, mercado financeiro, indústria, esporte e educação. Destacamos como ponto positivo destas aulas, em relação aos estudantes, o uso de diferentes espaços e o laboratório de informática, o qual aproxima o conhecimento teórico sobre tecnologia com o seu uso prático de maneira interativa, favorecendo ao desenvolvimento de habilidades e competências variadas como o posicionamento crítico através do diálogo e o exercício prático de trabalhar e interagir em pequenos grupos. E, em relação aos professores, a possibilidade de exercitar o planejamento pedagógico interdisciplinar em equipe com reorganização dos tempos e espaços escolas, ampliando o conceito de território educativo.

Palavras-chave: planejamento, interação, pesquisa, criatividade e tecnologia.



1.    INTRODUÇÃO


Este trabalho constitui-se num registro da experiência pedagógica apresentada pelos professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Engº Mansueto Serafini no Seminário Municipal de Educação denominado Conversações Pedagógicas – 3ª Edição no Eixo Temático, Docência Compartilhada/ Reorganização de Tempos e Espaços Escolares, organizado pela Secretaria Municipal de Educação de Caxias do Sul, na categoria Pôster, com o intuito de compartilhar as constatações positivas relacionadas à atuação docente pelos professores da Oficina de Robótica Educacional e Laboratório de Informática Educativa em parceria com a coordenação pedagógica dos anos finais no turno da tarde em 2015.
            Em dois mil e onze, a escola iniciou experiência com Oficinas de Robótica Educacional através do Programa Mais Educação do MEC, o qual atendia estudantes em turno contrário com oficinas pedagógicas e recreativas a fim de ofertar a ampliação do tempo de permanência dos mesmos em espaço escolar.
      O aprendizado significativo realizado pelos professores e educandos envolvidos no que se refere à construção de conceitos indispensáveis ao estudo das tecnologias e seu uso como aliado no desenvolvimento de aprendizagens, habilidades e competências relacionadas às diversas áreas do conhecimento motivou a escola a incluir em sua Matriz Curricular a Oficina de Robótica em 2014, quando a instituição passou a atender seus estudantes em Turno Integral. Desta forma, qualificando seu currículo escolar e oportunizando uma forma de reestruturação do mesmo de maneira que oferecesse aos seus educandos um espaço educativo criativo, interdisciplinar, atraente e voltado às possibilidades de uso mais ousado das tecnologias em sala de aula.
Os planejamentos pedagógicos das aulas tornaram-se difíceis e desafiadores, considerando o desconhecimento dos professores sobre o tema, o pouco acervo existente de materiais e os relatos de experiências significativas encontrados sobre o assunto, teoricamente distantes do nível exigido para principiantes no estudo de Robótica.
            Em pesquisas na Internet, foi possível encontrar textos em nível técnico superior com resultados de pesquisas bibliográficas do conhecimento científico ou vídeos com experiências isoladas sobre o trabalho com a temática em sala de aula, ou ainda registros de pesquisas já realizadas ou protótipos em fase de experimentação e/ou construção em vários países do mundo, muito distantes da realidade educacional brasileira, ainda na fase de explorar montagens com blocos lógicos ou protótipos industrializados em série.
Foi necessário investir nos conhecimentos relacionados às teorias de construção do conhecimento pedagógico existente e metodologias de trabalho criativo com enfoques interacionistas para viabilizar a sua efetivação nas práticas cotidianas de sala de aula, de maneira a explorar as contribuições tecnológicas para a educação e estimular as aprendizagens cognitivas e socioafetivas.
Com o intuito de contribuir com a construção de estratégias para encaminhar planejamentos pedagógicos significativos aos estudantes, a coordenação pedagógica passou a estimular o exercício de práticas de docência compartilhada entre o professor regente e o professor referência do Laboratório de Informática Educativa da escola, desta forma construindo parceiras educativas para ambos e facilitando a reorganização dos tempos e espaços escolares com os recursos humanos e materiais disponíveis, pois não havia ninguém na escola e nem tão pouco na Rede Municipal de Ensino com especialização acadêmica em Robótica Educacional.
O exercício da profissão contribuindo para a formação profissional permanente dos docentes que aceitaram o desafio de construir-se efetivamente no fazer pedagógico diário, através dos planejamentos e práticas cooperativas.


2.    DESENVOLVIMENTO

A caminhada pedagógica alinhavada pelos docentes da escola representa apenas o início de um trabalho que precisa ser fomentado e motivado pela coordenação pedagógica considerando as dificuldades enfrentadas e a pouca valorização da temática pelos demais profissionais que ainda não possuem a real dimensão da importância de realizar um trabalho sistematizado em Robótica Educacional pelo desconhecimento das contribuições que este projeto educacional pode construir para o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes, construção da autoestima e desenvolvimento tecnológico da educação e do país em longo prazo, se planejado e encarado como possibilidade de estímulo à criatividade e motivação para aprendizagens imediatas, pois as dificuldades encontradas estimulam os questionamentos e as buscas com  colegas e professores, e,  futuras como realização de cursos profissionalizantes e visão de construção científica do conhecimento estimulada nos diferentes espaços escolares do Ensino Fundamental.
 As transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas nas últimas décadas mudaram profundamente as relações das pessoas com o conhecimento e atuação profissional, estimuladas pelo avanço acelerado das TICS–Tecnologias da Informação e Comunicação impulsionando consequentes mudanças na educação. Dentre estas alterações observa-se um perfil de estudantes diferentes: questionador, ativo e que não se contenta somente com uma metodologia de aula centrada no livro didático, quadro, giz e explicações dos professores.
 Os educandos de nosso tempo exigem a competência criativa diária dos docentes. Os usos dos recursos tecnológicos na sala de aula se fazem presentes como um aliado dos mesmos para dinamizarem suas práticas e potencializar as aprendizagens através do uso de várias mídias. Assim, a internet agiliza as informações e favorece o acesso a programas, aplicativos, planilhas, games e outras possibilidades que auxiliam no desenvolvimento das capacidades cognitivas das crianças e adolescentes. Nesta ótica, o trabalho com Robótica oportuniza um espaço inovador para explorar as ferramentas da informática de maneira diferenciada aliadas ao advento do conhecimento cada vez mais acelerado no mundo globalizado em que vivemos.
    Os planejamentos para as aulas de robótica contribuem em muito para o desenvolvimento das relações interpessoais, pois nas técnicas de diferentes formações de grupos oportunizam aos educandos interagir com os demais para a troca de ideias e conhecimentos e na própria organização com o uso dos materiais disponíveis, pois a escola não possui um computador ou tablet para cada estudante.
Por outro lado, os KITS de Robótica – Laboratório de Educação Tecnológica herdados do Programa Mais Educação – MEC, adquiridos com seus recursos, os quais estão no acervo pedagógico da escola para serem utilizados por pequenos grupos. No Laboratório de Informática Educativa, o uso dos computadores acontece em duplas considerando o número de máquinas disponíveis.  A utilização destes kits possibilita a democratização do acesso dos estudantes de escolas públicas a estas tecnologias, os quais não possuem recursos financeiros para comprar estes materiais, deixando de ser um privilégio apenas para educandos das escolas particulares.
O trabalho com o conceito em questão contribui para mudar o modelo de ensino centrado apenas no conhecimento e na autoridade do educador. Quando os estudantes, interagem estabelecendo relações entre aquilo que já sabem com aquilo que o colega disse, bem como, com as orientações do professor nos momentos em que trabalham com aplicativos ou na montagem dos protótipos seguindo o manual de orientações do fabricante, têm em suas mãos a possibilidade de opinar, decidir, problematizar questionando os colegas sobre o uso dos materiais adequados ou atitudes inadequadas estão exercitando a autoridade compartilhada entre professores, estudantes e o conhecimento formalmente sistematizado, de maneira simples e até sem a noção deste processo dialógico.
O Manual Didático Pedagógico do Laboratório de Educação Tecnológica- BRINK Robótica, adquirido pela escola cita a relação entre robótica pedagógica e as transformações decorrentes para a educação de um modo geral:
A robótica- um conceito que surgiu na Antiguidade, mas que só foi nomeado no século 20- assimilou nas últimas décadas uma aplicação jamais sondada pelos filmes da ficção científica: a educação.
 A nova corrente da robótica pedagógica adentra o século 21 com a promessa de consolidar, enfim, uma transformação da vida escolar há anos sonhada pelos teóricos contemporâneos da educação.
Lúdica, transdisciplinar e desafiadora, a construção de robôs na escola convida professores e alunos a ensinar/ aprender/descobrir/inventar em processos coletivos, capazes de conectar abstração e mundo concreto. (Solek, 2010, p.6)

             Nas oficinas de Robótica Educacional, as quais se constituem parte integrante da Matriz Curricular na realidade da Escola de Tempo Integral, tem acontecido aulas com planejamentos pedagógicos realizados em parceria com a professora do Laboratório de Informática Educativa e o professor de Robótica considerando a necessidade de realizar aulas com planejamentos criativos na perspectiva sociointeracionista em conjunto com a coordenadora pedagógica dos Anos Finais do Ensino Fundamental, tendo como base atividades de leitura, pesquisa, programação e construção prática de protótipos e uso de outros aplicativos buscando estabelecer relações acerca dos conhecimentos sobre tecnologia e suas contribuições para as diversas áreas de atuação profissional humana, reduzindo riscos para o homem, diminuindo custos e qualificando serviços que variam desde a realização de um exame clínico, a construção de um edifício ou realização de um espetáculo cósmico, para exemplificar.
            Todos estes conhecimentos discutidos e pesquisados em sala de aula ampliam o foco de discussão sobre o uso das tecnologias, tornando-as mais atrativas e contribuindo para a construção de um currículo vivo, significativo e sensível ao seu tempo histórico presente com visão de futuro.  Também, coloca os estudantes como centro do currículo, reconhecendo-os como sujeitos inventivos, participativos, cooperativos e produtores do conhecimento na medida em que são estimulados a emitirem opiniões e participarem do processo de organização e reorganização de conceitos.
            Do ponto de vista relacional do conhecimento formal sistematizado e da construção cognitiva e socioafetiva, pode-se afirmar que nas oficinas de Robótica, os sujeitos estão exercitando os pilares da educação, “definidos no Relatório Delors (UNESCO): aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer e aprender a fazer.” (MEC, 2014)
      O Manual Operacional de Educação Integral do Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014, referencial pedagógico norteador para o trabalho das escolas ampliando as possibilidades de aprendizado dos estudantes em Robótica Educacional sinaliza as possibilidades e objetivos gerais para o trabalho de sala de aula na perspectiva da formação integral dos educandos com a seguinte redação:

Objetiva preparar os estudantes para montar mecanismos robotizados simples baseados na utilização de “kits de montagem”, possibilitando o desenvolvimento de habilidades em montagem e programação de robôs. Proporciona um ambiente de aprendizagem criativo e lúdico, em contato com o mundo tecnológico, colocando em prática, conceitos teóricos a partir de uma situação interativa, interdisciplinar e integrada. Permite uma diversidade de abordagens pedagógicas em projetos que desenvolvam habilidades e competências por meio da lógica, blocos lógicos, noção espacial, teoria de controle de sistema de computação, pensamento matemático, sistemas eletrônicos, mecânica, automação, sistema de aquisição de dados, ecologia, trabalhos em grupos, organização e planejamento de projetos. (MEC, 2014, p.10)

           Os objetivos destas aulas caracterizadas pela docência compartilhada são: apresentar, através dos recursos disponíveis no LIE, situações motivacionais para o estudo de Robótica, estimular a pesquisa, seleção de imagens e vídeos com informações sobre o assunto, favorecendo o acesso às informações conceituais com o uso das tecnologias de maneira a permitir aos alunos a construção do conceito de robótica e as contribuições desta tecnologia para as diversas áreas de atuação humana: saúde, engenharia, comunicação, sistema financeiro, esporte, educação, comércio e indústria e outras.
            Além do planejamento pedagógico com o diferencial metodológico da docência compartilhada, a exploração de diferentes espaços educativos facilitam comportamentos que contribuem para a formação de hábitos e atitudes disciplinares com as pessoas e com o uso organizado do espaço e dos materiais disponíveis para cada aula.  As oficinas ocupam salas de aula, salas de vídeo, biblioteca, LIE, salão da escola para testar a montagem dos projetos e os recursos oferecidos pelo território educativo como visitas às empresas que usufruem de processos robotizados permitindo aos educandos diferenciar robótica educacional e robótica industrial. Numa linguagem coloquial: as coisas que podem ser construídas na escola e as coisas que podem ser construídas numa indústria, pois as condições são diferentes, porém ambas com significativa importância.
            As habilidades descritas nos Referenciais da Educação da Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul, Caderno 3, elencados principalmente nos componentes curriculares: Ciências da Natureza e História  são um referencial teórico  de grande valia para os docentes que atuam nas oficinas de Robótica, cujas habilidades podem ser exploradas paralelamente às atividades desenvolvidas ao longo do ano, considerando a necessidade de construção da aprendizagem  deste conceito estar alicerçada no tripé: oralidade, escrita e experimentação concreta. Segue algumas habilidades selecionadas pelos professores envolvidos:

-Reconhecer e inter-relacionar, de forma correta, o legado científico dos egípcios para a sociedade atual;
-Compreender, de forma adequada, os fatores sociais, políticos, econômicos e religiosos da Revolução Industrial e seu significado histórico;
-Analisar os fatores que permitiram o pioneirismo industrial inglês;
-Refletir sobre as consequências sociais da Revolução Indústria
 (condições de trabalho e de vida e exploração dos trabalhadores);
-Compreender as teorias sociais e econômicas que surgiram no contexto da Revolução Industrial como o liberalismo econômico e o socialismo;
-Diferenciar as principais etapas da produção de mercadorias (artesanal, manufatureira e mecanizada);
-Comparara diversidade das formas de produção do mundo atual inter-relacionados com as do século XVIII;
-Distinguir, comparar e compreender os conceitos de manufatura e maquinofatura;
-Compreender as mudanças no cotidiano das pessoas com a mudança do trabalho do campo para a fábrica;
-Identificar, reconhecer e localizar, de forma correta a Segunda Revolução Industrial, analisando suas características;
-Identificar e descrever as novas tecnologias, o aumento da capacidade produtiva das indústrias e o aprimoramento das formas de industrialização;
-Reconhecer o predomínio do mundo industrializado sobre as demais áreas do planeta;
-Apontar, de forma pertinente, alternativas naturais e tecnológicas para a preservação do meio ambiente;
- Registrar adequadamente informações sobre danos ambientais provocados pelo consumismo de objetos descartáveis e/ou desperdício de matérias-primas. (SMED- Caxias do Sul, 2010)


             Os professores destacam a visitação realizada por todos os estudantes dos Anos Finais no Evento Mecatrônica - 2015, no qual assistiram palestra com vídeo institucional, presenciaram a organização dos setores, conheceram equipamentos e puderam manusear algumas máquinas com a orientação dos educadores da instituição, conforme fotos anexadas a este artigo. Também, foram informados sobre os cursos técnicos oferecidos no educandário e as parcerias sociais e econômicas, as quais permitem o funcionamento dos projetos realizados.
            Em robótica educacional, o trabalho constante com o conhecimento e sua adequação a cada etapa do trabalho realizado permite a transcendência das relações interativas, pois permita aos envolvidos detectar problemas, dialogarem para construírem estratégias a fim de resolverem as dificuldades apresentadas e, caso não aconteça o esperado, reiniciar todo o processo avaliando tomadas de decisões e opiniões dos colegas, preferencialmente com respeito às normas de convivência do grupo nos diferentes espaços e às orientações iniciais dos professores.
            Os planejamentos realizados para sala de aula envolveram os seguintes conceitos/tópicos do conhecimento: programação / a programação presente no dia a dia através do uso das tecnologias (eletrodomésticos, celulares, tablets, vídeo games, aplicativos, jogos virtuais e outros); eletricidade/ energia solar e eólica; tecnologias/ trabalho/cidadania/ relação de poder; revolução industrial/ automação/ geração de empregos/ mão de obra qualificada; capitalismo/ consumismo/ reciclagem; trabalho em equipe.
            O papel do professor nas aulas de Robótica, além de conceber todos os estudantes como seres aprendentes com capacidades singulares e diferenciadas, é mediar, coordenar junto aos sujeitos a busca pelo conhecimento, as aprendizagens e os princípios de convivência para que todos possam atuar nos trabalhos grupais de maneira positiva através de distribuição de tarefas, usufruindo dos materiais disponíveis e dos equipamentos de informática disponíveis.
Numa linguagem pedagógica objetiva, podemos dizer que Robótica Educacional é sinônimo de criatividade, desafio, conhecimento científico sistematizado, uso das tecnologias da comunicação, uso da informática, montagem e construção de protótipos com projeto de educação tecnológica e programação dos mesmos. Trabalhar com Robótica permite estabelecer links interdisciplinares com conceitos das mais variadas áreas do conhecimento explorando filmes, vídeos demonstrativos de protótipos no you tube e pesquisas na internet.


3.    CONCLUSÃO

            Analisando a caminhada pela escola e o foco pedagógico de 2015 em Robótica, destacamos como pontos positivos destas aulas, em relação aos estudantes, o uso de diferentes espaços, principalmente o laboratório de informática, o qual facilitou a mobilidade e a aproximação do conhecimento teórico sobre tecnologia com o seu uso prático de maneira cooperativa e interativa entre educandos e, também, dos educadores e destes entre si, favorecendo ao desenvolvimento de habilidades variadas como a leitura de imagens, o raciocínio lógico, a pesquisa de vídeos e textos diversificados, o posicionamento crítico através do diálogo com seus pares e o exercício prático de trabalhar e interagir em pequenos grupos no cotidiano escolar.
             Em relação aos professores, a possibilidade de exercitar o planejamento pedagógico interdisciplinar em equipe, estabelecendo as relações cognitivas e conceituais indispensáveis para coordenar um trabalho prático de construção do conhecimento podem ser considerados os aspectos mais relevantes.
            Num outro enfoque, considerando que os profissionais que trabalham com Robótica possuem formação docente em áreas diferentes do conhecimento, esta habilidade diversa permite a integração dos conhecimentos tecnológicos com links interdisciplinares diversos dependendo do conjunto de conhecimentos que cada profissional possui do componente curricular em que atua. Em História, por exemplo, permite estabelecer relações como a Revolução Industrial e suas consequências para a organização mundial do trabalho e a criação de novos empregos e/ou extinção de outros em função dos avanços da Robótica na Indústria. O professor de Ciências da Natureza poderá abordar com maior facilidade o uso da Robótica nos tratamentos de saúde, como realização de exames e processos cirúrgicos facilitando o exercício da Medicina e o bem estar das pessoas melhorando a sua qualidade de vida em tratamentos prolongados.  O professor de Arte poderá usufruir do conceito em questão para explorar o trabalho em grupo na construção de protótipos com sucatas ou no trabalho com desenhos de projetos criativos de brinquedos ou aparelhos eletrônicos. O professor de Língua Inglesa poderá explorar o uso do vocabulário presente em games, aplicativos ou programas de informática presente no dia a dia das pessoas. Em Língua Portuguesa, os docentes poderão explorar os conhecimentos pesquisados para elaboração de relatórios ou produção de slides que demonstrem criativamente com efeitos especiais as informações significativas através de imagens selecionadas em pesquisas digitais. Em Matemática, poderá ser trabalhado os conceitos matemáticos como ângulos, medidas e graus necessários em noções de programação. Em Educação Física, a possibilidade de realizar danças com movimentos robotizados favorecendo as práticas corporais recreativas, a pesquisa de próteses robóticas que auxiliam os movimentos humanos em pessoas com comprometimento físico ou deficiências melhorando a qualidade de vida ou outras possibilidades dependendo da criatividade de cada profissional.
            O exercício docente compartilhado em Robótica Educacional se tornou duplamente desafiador e inovador por permitir o trabalho com um conceito pouco explorado e uma metodologia profissional ainda, raramente utilizada pelos educadores nos Anos Finais do Ensino Fundamental, mais comumente utilizada nos Anos Iniciais, a qual facilita a pesquisa e desacomoda o profissional empenhado em trabalhar com a construção do conhecimento criativo e cooperativo em sala de aula.
            Conhecimento, pesquisa, interação, uso das tecnologias com criatividade e planejamento interdisciplinar orientado constituem-se num referencial teórico norteador do ponto de vista do conhecimento tecnológico e didático para o sucesso com o trabalho docente em Robótica Educacional no ambiente escolar explorando todos os espaços disponíveis na estrutura institucional.
            Trabalhar com Robótica Educacional estando aberto para o conhecimento, as vivências humanas e a quebra de paradigmas cristalizados da formação pedagógica tradicional constituem-se num espaço ímpar de formação profissional continuada e satisfação pessoal para qualquer educador, independente da área de formação acadêmica, que se sinta disposto a ser feliz trabalhando no cotidiano escolar com os estudantes e colegas de trabalho.
            Por outro lado, para que o trabalho pedagógico com Robótica Educacional consolide um papel inovador em educação é necessário um investimento humano especializado em assessoria pedagógica e administrativa em parceria com as universidades locais, o qual integre os diferentes saberes e instrumentalize os docentes na área de informática e, de um modo geral, na construção de projetos coletivos, para que suas práticas não se constituam em experiências isoladas e os estudantes sintam-se estimulados e orientados para continuarem inventivos em todas as áreas do conhecimento/componentes curriculares como consequência dum processo realizado de maneira organizada e sistemática.

4. ANEXO:

     Fotos do acervo pessoal de Regina Cansan

           




5.    REFERÊNCIAS

 BRASIL. Ministério da Educação. Manual Operacional de Educação Integral. Brasília, 2014, p.6. Disponível em http://portal.gov.br/dmdocuments_educ_integral.pdf. Acessado em março, 2016.

CAXIAS DO SUL. RS. Secretaria Municipal da Educação. Referenciais da Educação da Rede Municipal de Caxias do Sul – Caderno 3. Caxias do Sul, 2010.

COLL, C. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

PAPERT, Seymour. Logo, computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1985.

SOLEK, José Rosni et al. Coleção Brink Robótica- Laboratório de Educação Tecnológica – Roteiro Exploratório. Curitiba, 2010, p.10.




[1]Estela Maris Sander. Redatora do Artigo; Formação em Magistério, Letras, e Especialização em Psicopedagogia Escolar, na função de Coordenação Pedagógica na E.M. E. F. ENGº Mansueto Serafini.estelamsander@gmail.com
*Regina Cansan. Interlocutora do Projeto; Formação em Magistério, Letras, e Especialização em Psicopedagogia Escolar e Informática Educativa, na função de professora do Laboratório de Informática Educativa na E. M. E. F. ENGº Mansueto Serafini. rgncansan83@gmail.com
*Renan Fernando Guizzo. Interlocutor do Projeto; Formação em História e Especialização em História Regional na função de professor de Robótica na E.M. E. F. ENGº Mansueto Serafini. renanede@terra.com.br
                                                                            

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Exposição de Trabalhos das Oficinas de Robótica - + EDUCAÇÃO


Considerações de Philippe Perrenoud, no livro Pedagogia Diferenciada sobre construção de conceitos e aprendizagem:
    "As crianças e os adolescentes só aprendem se colocados em situações de aprendizagem que os tornem ativos e os levem a escutar, ler, observar, comparar, classificar, analisar, argumentar, tentar compreender, prever, organizar, dominar a realidade, simbolicamente e na prática. Essas situações devem ser criadas, organizadas, porque têm poucas chances de serem produzidas espontaneamente de modo bastante denso e judicioso para suscitar, em tempo útil, as aprendizagens almejadas." (Perrenoud, Philippe. POA, ARTMED, 2000, p. 107)

Na última semana das atividades letivas do Programa + Educação, os alunos com a colaboração dos oficineiros de robótica, grafite e atletismo participaram da organização de uma exposição de trabalhos construídos ao longo do ano para os demais alunos da escola, demonstrando compreensão dos conceitos trabalhados nas diferentes produções realizadas.


Os alunos demonstraram compreensão dos conceitos trabalhados em robótica ao sugerir ao oficineiro de grafite a encenação de uma representação de cena do filme Transformers, na qual faz parte o Autobots Bumblebee para apresentação de encontro cultural do programa.  

Um grupo organizando as montagens para a exposição.


Na sequência, imagem da construção de maquete de releitura do robô de solda da Empresa SUMIG, de tecnologia japonesa, confeccionada por sugestão dos alunos dos anos iniciais, após visita realizada.
Para representar o momento de solda  do botijão foi usado cordão de lâmpadas natalinas.


 Os alunos que visitaram a exposição ficaram encantados ao saber que os colegas dos anos finais construíram o TINROBOT ME001  com latinhas e puderam visualizar seus movimentos.




Em exposição, a montagem do Bumblebee, construída pela turma da tarde, orientada pelo oficineiro Andrigo.





Brinquedo construído por um grupo de alunos diferente do kit original.


A turminha dos seis anos quis fazer "um trabalhinho grande de robótica", conforme fala de uma aluna. Colou tampinhas sobre um traçado feito por  aluno dos anos iniciais e grafitou.
 Não foi fácil pintar as partes do "Camaro Amarelo" para a apresentação!!!


Uma aluna expondo o figurino de robozinha usado em encenação, com direito a  lanternas nos pulsos, pintura metalizada e "chave" para controle nas costas.


  Alguns alunos dos anos finais restauraram um armário com ajuda do oficineiro de grafite e outros dos anos iniciais organizaram as montagens de miniaturas de  modelos robóticos em posição de luta, imitando cena do filme Gigantes de Aço, no qual robôs são construídos para lutar substituindo "os violentos lutadores humanos", segundo temática do filme em questão.



Trabalhos  artísticos de registro escrito dos conceitos trabalhados,  pelos alunos dos anos iniciais.





Nas imagens seguintes, outras criações dos alunos.



  










Alunos da turma dos seis anos foram questionados pela professora sobre  o conceito de robótica e  uma aluna conceituou com a seguinte fala:


O uso de sucatas nas oficinas de robótica educacional contribuiu para estimular a criatividade, além de permitir uma maior diversidade nos planejamentos das atividades e favorecer ao  desenvolvimento de habilidades constitutivas da aprendizagem e ao trabalho de construção dos conceitos  relacionados ao tema de maneira lúdica, pois os kits do laboratório de educação tecnológica só  podem ser explorados a partir do momento no qual os alunos já possuem algumas noções básicas de eletricidade, programação, trabalho em grupo, organização com o material e seleção das peças de acordo com os projetos apresentados. E, estes aspectos necessitam de um período de adaptação e/ou construção. É pertinente destacar que no mercado há kits para robótica educacional  adaptados às diferentes faixas etárias, respeitando as fases do desenvolvimento dos alunos, porém não estão de acordo com a disponibilidade financeira do programa em questão, o qual apresenta recursos limitados para cada oficina e isto requer o uso de criatividade nos planejamentos com aproveitamento de materiais diversos  a fim de viabilizar o trabalho a ser sistematizado no período de execução das oficinas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Robótica Educacional - Capacitação UFRGS

No dia 22 de novembro de 2012, professores juntamente com a professora comunitária Estela Maris Sander participaram de um encontro de capacitação-projeto piloto, no Instituto de Informática da UFRGS, denominado  PROJETO ROBO+EDU- UFRGS/ MEC/ SEB - Contribuição em Robótica Educacional ao Programa Mais Educação, o qual constitui-se num grupo de pesquisa em robótica inteligente e visão artificial, atendendo convite da Coordenação do Programa Mais Educação - MEC, cujo público-alvo são os oficineiros do programa em robótica educacional, professores comunitários, demais professores das escolas e equipes diretivas com o objetivo de capacitar professores do ensino básico para a correta utilização dos materiais didáticos a serem desenvolvidos pelo grupo em questão, refletir sobre as práticas educativas com o intuito de incentivar alunos para a  opção para a formação nas áreas exatas, visto que  a evasão de alunos nos cursos universitários do Brasil, nas áreas da matemática e das engenharias é muito expressivo. Porém, destacaram que a robótica não está restrita à física e à matemática e à inclusão digital, mas a todas as áreas do conhecimento, o que se constitui num grande desafio para os profissionais envolvidos. Mencionaram que o papel  dos professores de robótica educacional é organizar a investigação em um projeto de trabalho interdisciplinar.
O estudo da robótica deve ser atrativo e ter uma relevância prática, destacando que a mesma não pode se tornar um problema para a escola.Também, o grupo relatou experiência realizada em parceria UFRGS/SMED Goiânia, no período de 2010/2011 com o desenvolvimento do Projeto ROBOTEKA e explanou aspectos da metodologia  de aprendizagens por problemas denominada PBL- PROBLEM BASED LEARNING, a qual pode contribuir para os planejamentos das aulas em robótica educacional. É pertinente destacar a exposição feita sobre a contextualização de uma aula de robótica conectada com os interesses dos alunos, isto é, tornar a aprendizagem significativa. Houve troca de experiências entre os participantes, os quais encontram-se em momentos diferentes e com necessidades diversificadas, pois alguns participantes já estão trabalhando há mais de um ano com robótica educacional, outros iniciando o planejamento e há  aqueles que somente inscreveram-se no programa Mais Educação e estão em busca de informações para organizar-se na execução do projeto propriamente dita..
 O coordenador da equipe de trabalho, Prof. Dr. Dante Augusto Couto Barone, destacou que  é importante promover a integração entre as escolas, as comunidades  e as universidades. A capacitação em questão iniciou em 2010 e deverá estender-se até 2014, de acordo com parceria entre UFRGS e MEC.                          

  "Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. As pessoas se educam juntas, descobrindo novos  caminhos." (Paulo Freire)
                                                                                                          
"Que a educação seja o maior interesse deste país."(Leonel de Moura Brizola)

domingo, 11 de novembro de 2012

Robótica Educacional e Conceito de Programação

Trabalhar o conceito de programação com alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental deve ter como referencial inicial o conhecimento prévio construído nas vivências  de nossos alunos com o uso das tecnologias utilizadas no dia a dia do cotidiano familiar ou escolar, pois estas observações  facilitam  a aprendizagem partindo da  análise de situações concretas para a compreensão de conceitos abstratos. Considerando isto, fotografias de painéis  de programação de lavadora de roupa, forno elétrico, panificadora doméstica, forno microondas, máquina de xérox e fax projetadas em telão  contribuíram para  atividade  de observação de dados referentes ao ato da programação, pois a maioria das pessoas já faz uso do conceito ao utilizar estes equipamentos diariamente. Ao colocar roupas numa lavadora, por exemplo, selecionamos o nível  de água (baixo, médio, alto), o programa de lavagem (delicada, especial, normal ou outros) e as  etapas desejadas (molho, lavagem rápida, curta duração ou longa duração, enxague ou centrifugação). A reflexão dos alunos sobre estas atividades diárias contribuem para a construção do conceito de programação  na sua acepção primária de maneira simplificada..  Esta troca de ideias proporcionou a compreensão do significado de programar um protótipo  do laboratório de educação tecnológica ou realizar um jogo no Laboratório de Informática Educativa de acordo com o programa disponível.

Nas imagens seguintes, atividades de robótica educacional com alunos dos anos iniciais, no LIE com games de corrida de carro e seleção de imagens para compor figura de robô, desenvolvendo habilidades que contribuem com o desenvolvimento da aprendizagem.



Atividades de montagem de carrinhos e pistas de corrida de modelos diferentes (manuais e com controle) também permitiram  a compreensão das diferenças entre um brinquedo manual e um brinquedo com controle para programação.


Na imagem seguinte, alunos das turmas iniciais utilizaram pequenas peças de três modelos diferentes e construíram um carrinho de corrida com três pilotos.


As imagens seguintes, mostram o esforço que os alunos realizaram para programar os movimentos dos protótipos da FISCHER TECHNIK, visto que o manual de instruções que acompanhou o material é escrito em alemão e a oficineira não possui formação, na área da informática, porém os alunos  orientaram- se pela observação dos ícones. Isto, deixa claro que qualquer professor, independente de sua formação profissional poderá obter sucesso no trabalho com os alunos em robótica educacional, pois o conceito permite múltiplas abordagens e o exercício de inúmeras habilidades.
Os alunos conseguiram programar os protótipos de um limpador de pára brisa, um cilindro de máquina de lavar, uma torre e um carrossel.






A cada luz que  surgia e a cada movimento realizado, muita alegria, barulho e reclamação dos alunos mais concentrados. Acredito que esta turma entendeu  o  que significa programar, acreditar, tentar e conseguir.








"Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode." ( Paulo Freire)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Robótica Educacional - Abordagem Interdisciplinar

 A maioria  das pessoas quando ouve falar em robótica lembra dos filmes de Hollywood, nos quais robôs imitam seres humanos com perfeição e desconhecem que é possível encontrá-los de diferentes formas, sendo utilizados em áreas profissionais diversas, simulando ou realizando as mais variadas atividades humanas. Dentre outras possibilidades, na indústria, permitem o aprimoramento dos serviços com um custo  de produção menor e com maior qualidade. Na medicina, no caso dos robôs cirúrgicos, podem ser usados em intervenções nas quais  exigem um altíssimo grau de precisão, diminuindo assim os riscos de erros. Na engenharia civil, podem permitir maior agilidade na busca de soluções de problemas de construção ou técnicos, por exemplo, realizando serviços em lugares onde há riscos para o homem. E, na educação, inicialmente, a robótica também poderá auxiliar a tarefa do professor no desenvolvimento da aprendizagem,  favorecendo a aproximação das teorias pedagógicas, as quais defendem um ambiente de aprendizagem lúdico e interativo com a prática pedagógica diária, diminuindo distâncias entre o concreto e o abstrato, entre alunos e professores, os quais buscam juntos novas estratégias de criação e de solução de problemas, como a falta de materiais específicos para as construções desejadas, a impossibilidade de concretizar algumas ideias ou a simples convivência num contexto humano  de atitudes e valores diversificados presentes no ambiente de sala de aula. A construção de protótipos não deve ser o objeto principal da robótica educacional, e, sim, as habilidades e competências desenvolvidas ou utilizadas para tal. O caminho a ser percorrido para a construção do projeto  de robótica educacional deve ser mais valorativo do que o produto final, pois a construção de autômatos ou protótipos  deve ser estimulada na educação, porém constitui-se em objeto  da engenharia industrial ou de cursos técnicos profissionalizantes na área da automação e, não, do ensino fundamental., o que não inviabiliza possíveis criações, visto que existem muitas experiências de construções de protótipos em várias escolas públicas e privadas, inclusive com alunos representando o país em feiras e exposições internacionais. Além do inegável estímulo à criatividade e ao trabalho em equipe, a robótica educacional permite aos professores uma abordagem interdisciplinar de habilidades e conceitos afins a serem explorados nas diversas áreas do conhecimento, oportunizando atividades que podem sugerir leitura, escrita, pesquisa, cálculos, medidas, desenhos, produção de slides, conhecimentos dos processos históricos de desenvolvimento econômico e tecnológico, descobertas científicas, danças com movimentos robotizados, produções de vídeos e produções artísticas, dentre outras possibilidades dependendo da criatividade de cada professor. 

Nesta imagem, produção de slides no Laboratório de Informática Educativa, com pesquisa de imagens.


Trabalhando com sucatas - construção de uma representação do conceito de tecnologia.

Uma aluna fixando com arame as partes de uma produção coletiva, a qual foi denominada pelos alunos como AMARAL ROBOTIC (robô natalino). 


Montagem de uma pista de corrida para dois carros com controle e tamanho de 8m, respeitando projeto do manual de instruções. Depois, foi só se organizar para começar a brincadeira. Haja tempo!!!!
Nesta imagem, alunos  no LIE, brincaram de engenheiro com programa da BRINK MOBIL.



Produção dos alunos com peças de sacolão criativo.


Nas imagens seguintes, alunos identificando as peças a serem  trabalhadas e estudando manual de orientação em grupo, construindo protótipo de um limpador de para-brisa.